Chegando à Cidade do México, levamos um choque. Esperávamos algo poluído, barulhento, caótico e caro. Mas o que encontramos foi uma cidade muito grande, sem dúvida, mas com uma transporte público excelente e barato (o metrô, que abarca boa parte da cidade, custa 2 pesos, o que equivale a uns R$ 0,50!!) – de modo que nem percebemos o trânsito – e que respira cultura. A um preço muito razoável!
Murais e museus por todos os lados, um Centro Histórico vivo e muito bonito, com círculos de pessoas dançando e/ou cantando (e não pregando, como na Sé).
Em suma, ficamos encantados.
Como chegamos cedinho e queríamos economizar na hospedagem, acabamos indo parar em um “hotel de paso” – o nosso motel. O taxista desrecomedou, mas foi um dos melhores hotéis que ficamos na viagem – cama enorme e boa, banheiro bom, TV cable (além dos canais típicos de moteis…), perto do metrô. Pena que não pudemos passar mais de uma noite, porque ele nos disseram que estava lotado – mentira, mas como era sexta, acho que um casal “família”, como éramos chamados, daria prejuízo… Assim, descobrimos que famílias não são bem-vindas em móteis na Ciadade do México.
De qualquer forma, acabamos indo parar em um hotel no centro (onde, aliás, tinham nos dito para não ficar porque “não era bom”, mas que era excelente!), um pouco mais caro do que pretendíamos, mas que seja, era a despedida viagem (aliás, do nosso primeiro hotel, na Cidade do Panamá, ao último, que diferença!).

A vista do nosso hotel perto do Zócalo.
A economia informal no México é ultra organizada. O vendedor de música anda com uma caixa de som na mochila e um só começa a vender depois que o que estava antes sai do vagão.
Na cidade fizemos tudo o que nos foi possível nos nossos 4 dias.
Tomamos uma cerveja em um boteco com Carlos, amigo da Anita, e outro amigos mexicanos – mas isso não tem foto, porque levar máquina pro bar já é demais…
Fomos às ruínas de Teotihuacán, onde subimos na Pirâmide do Sol:
Visitamos o Poliforum Siqueiros, com seu mural em 360º “A Marcha da Humanidade“:
Fomos checar o mural do Rivera no Teatro de Los Insurgentes:
Caminhamos pelo centro:

Mural do Rivera no Palácio Nacional, contando a história do país: increible.

Marx apontando o caminho.

O Palácio Nacional, que como muitas construções da cidade, tem as partes mais pesadas afundadas.
No museu de Belas Artes vimos mais murais. O mais impressionante deles, “A Nova Democracia“, de Siqueiros, choca com a tamanha capacidade de usar a perspectiva – a imagem literalmente segue você, fantástico!

A nova democracia se projeta para esquerda...

E te acompanha ao caminhar.
Rivera também esta no museu de Belas Artes, com nova versão do mural destruído por Rockefeller, em Nova York.
Fomos ao Museu Mural Diego Rivera, com o mural “Sonho de Uma Tarde de Domingo na Alameda Central“, fantástico!
Fomos ao campus da UNAM, que também possui muitos murais:

Prédio da biblioteca central, coberto de mosaico, sobre desenvolvimento científico.
Fomos à Casa do Diego Rivera e da Frida (ambas dos dois, na verdade),

O quarto e estúdio de Rivera no bloco vermelho e o quarto e estúdio de Frida no bloco azul, unido por uma ponte ao de Diego.

O pequeníssimo quarto de Rivera.

Seu estúdio

A casa que foi dos pais de Frida e onde ela passou os últimos anos.
Caminhamos e almoçamos por Coyoacán:
Fomos a Xochimilco, onde andamos de barquinho (trajinera) ouvindo Mariachi. Lá acabamos conhecendo três colombianos, Alonzo, Maryluz e Sandra, com quem rachamos a trajinera – não sem antes brigar muito, porque chegamos lá ultra-avisados (inclusive com muitas cartazes no embarcadero) de que o preço era pela trajinera, e não por pessoa, e os caras insistiam em cobrar por pessoa – muitíssimo mais caro. Depois de muito brigar e descobrir que o problema é uma disputa entre os donos dos barquinhos e o setor de turismo do Estado, acabamos rachando esse barco com o trio.
Demos uma passada na casa de Siqueiros,

Sua foto na prisão.
pelo gigantesco Auditório Nacional
e caminhamos pelo parque de Chapultepec, que é maior área verde urbana da América – enorme!
Em Chapultepec fica o Museu de Antropologia do México, que é algo de fodástico!
Subimos na Torre Latinoamericana, onde vimos o pôr-do-sol
E fomos à Plaza Garibaldi, onde os Mariachis ficam esperando para serem contratados… Não contratamos, e encontramos por acaso nossos três amigos colombianos em um restaurante com shows mexicanos (de Mariachi à briga de galo!), onde passamos nossa última noite comendo muito bem e bebendo tequila. E descobrimos que na Colômbia também tem Mariachi! Não vimos nenhum quando estávamos lá, mas o amigos sabiam todas as músicas…
A foto dessa noite estamos esperando a amiga Maryluz mandar, porque também estávamos sem máquina.
Nosso último dia acabou sendo um pouco conturbado, pois deu overbook no nosso vôo e acabamos tendo que ficar uma tarde a mais. Mala, mas tudo bem, porque o vôo acabou sendo bem melhor, sem conexão. Pensamos em fazer um restinho de coisas que tinha ficado faltando, mas como já não tínhamos mais dinheiro e não conseguimos sacar (problema no cartão…), acabamos passando a tarde no cinema, que aceita cartão de crédito. Vimos Che – El Argentino, que é muito bom! No fim foi bom, porque fazia muito tempo que não íamos ao cinema e assim fomos entrando em uma rotina mais comum…
E assim se acabou mais uma etapa da nossa carretera…